Lançado pela Netflix em 3 de novembro de 2020, Uma Invenção de Natal foi uma grata surpresa entre os filmes natalinos deste ano. Seu título original, Jingle Jangle - A Christmas Journey, é um trocadilho que associa a canção natalina Jingle Bells e o sobrenome do protagonista Jeronicus Jangle à expressão da língua inglesa jingle-jangle, que tem o significado do som típico do chocalhar de objetos metálicos, remetendo justamente às invenções, em geral feitas de metal, que aparecem no filme.
Fantasia Musical de Natal
Entre os elementos que tornam esse filme especial estão sua abordagem da magia, o fato de ser um musical e o elenco predominantemente negro, encabeçado por Forest Whitaker (vencedor do prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes de 1988 pelo papel do jazzista Charlie Parker em Bird e no Oscar de 2007 pelo papel do ditador Idi Amin em O Último Rei da Escócia, sendo também conhecido como o Zuri de Pantera Negra).
O ator faz Jeronicus Jangle, um fabricante de brinquedos e inventor profissional, dono de uma famosa loja de engenhocas chamada Jangles e Coisas (Jangles and Things, no original). O detalhe é que suas engenhocas são mágicas, sendo que a magia é lançada através de cálculos matemáticos, e é isso que torna sua loja tão incrível. Ou tornava, porque uma tragédia do passado fez com que Jeronicus perdesse sua magia. Quem irá ajudá-lo na superação desse trauma e na conclusão de uma nova invenção será sua neta Journey (a pequena Madalen Mills), também uma inventora nata.
Não por acaso, o diretor do filme é o afro-americano David E. Talbert, que, além de costumeiramente trabalhar com elencos predominantemente negros, já tinha em seu currículo outros filmes de Natal, como Um Natal Quase Perfeito (Almost Christmas, de 2016).
Outro destaque é a participação do cantor porto-riquenho Ricky Martin, que interpreta o diminuto boneco senciente Don Juan Diego, que tem aparência e sotaque de toureiro espanhol e é representado na tela por meio de uma soberba animação 3D. Ele e o vilão Gustafson (Keegan-Michael Key, parceiro de Jordan Peele na série Key & Peele), juntos, acabam se tornando uma espécie de versão maligna da dupla Professor Pardal e Lampadinha, dos quadrinhos e desenhos da Disney.
Ecos de Outras Obras
Uma Invenção de Natal, aliás, traz ecos de várias obras conhecidas:
-Edward Mãos de Tesoura (idosa conta a história);
-Harry Potter (loja de itens mágicos);
-Pinóquio (fabricante de brinquedos cria um boneco senciente);
-Toy Story (boneco falando com sotaque espanhol);
-Um Conto de Natal (protagonista não gosta do Natal);
-A Invenção de Hugo Cabret (inventor cria um autômato);
-WALL-E (a aparência do autômato);
-Mary Poppins (personagens flutuando dentro de casa);
-Peter Pan (personagens voando para fora de casa pela janela por obra de uma criatura mágica).
Porém, mesmo com tantos detalhes que lembram outras obras, Uma Invenção de Natal é um filme encantador, que já entrou na lista dos meus filmes de Natal favoritos.
Sistema de Magia
O que mais gostei no filme foi sua abordagem da magia, que me lembrou os artífices do card game Magic - The Gathering e os magos da tradição Os Filhos do Éter do RPG Mago - O Despertar, ambos os grupos caracterizados por seus artefatos criados por magia, o que inclui, claro, equações mágicas.
Sua Vez!
E você, já viu Uma Invenção de Natal? Se não viu, pretende ver este ano? Gosta de filmes de Natal? Quero saber sua opinião!
Siga o blog no Instagram, no Facebook ou no Twitter para estar sempre por dentro das novas resenhas, compartilhe a resenha nas suas redes sociais para ajudar o blog a crescer, aproveite para ler meus quadrinhos, e deixe seu comentário aqui embaixo!
É sua vez de dizer o que achou! 😊
Comentários
Postar um comentário