Resenha de Série: Lost

Estátua Lost

ATENÇÃO: SPOILERS! LEIA ESTE TEXTO APENAS SE JÁ VIU O FINAL DE LOST.

Para os que estão reclamando que Lost abandonou o lado científico para abraçar apenas o lado místico no final, eu digo que a série nunca chegou a abandonar nenhum dos dois lados.

O final foi bastante claro ao revelar que os flashsideways eram flashes de uma vida após a morte dos personagens, e é claro que, quando se fala em vida após a morte, a primeira coisa em que pensamos é em misticismo e religião. Mas de maneira nenhuma o fato dos personagens serem vistos numa vida após a morte exclui a possibilidade de uma interpretação científica de tudo que aconteceu.

Ciência versus Misticismo em Lost

Achei muito interessante a maneira como essa vida após a morte foi mostrada, pois houve uma tentativa de abordar isso de um ponto de vista que remetesse ao mesmo tempo a várias religiões e a nenhuma. Na própria igreja vimos símbolos de diversas religiões.

Vimos que nos flashsideways os personagens estavam numa vida após a morte, mas como exatamente eles chegaram a isso é mais uma das questões deixadas em aberto. E esse é justamente o maior charme da série... Ser aberta a várias interpretações. Podemos interpretar isso do ponto de vista cristão, por exemplo, com os personagens indo para o céu, mas também podemos interpretar do ponto de vista espírita, com eles se encaminhando para uma reencarnação.

E, da mesma maneira, podemos interpretar isso do ponto de vista da física quântica se considerarmos que aquela realidade alternativa era de fato algum tipo de universo paralelo para onde a consciência de cada personagem se transportou após a morte. De que maneira esse universo paralelo teria surgido e como as consciências dos personagens mortos teriam se transportado para lá é um mistério. Mas sem dúvida é uma possibilidade.

Afinal, o próprio Desmond, antes mesmo de morrer, já havia tido sua consciência temporariamente transportada para aquele mundo ao ser atingido pela descarga de eletromagnetismo por obra de Widmore. O que teria sido aquilo? Uma visão do mundo dos espíritos, como as que as pessoas dizem ter ao passar por experiências de quase morte? Ou algo mais ligado à ciência, como o que aconteceu quando a consciência de Desmond foi transportada para o passado em temporadas anteriores? Ambas as hipóteses são possíveis.

A Natureza da Ilha

A própria natureza da ilha pode ser encarada como algo místico, ligado a uma suposta luz mágica, se levarmos em conta o ponto de vista da antiga protetora que passou seu cargo para Jacob, ou como algo científico, ligado ao eletromagnetismo, se levarmos em conta a tentativa de explicação dos poderes da ilha pela Iniciativa Dharma. Há quem diga que a existência da Iniciativa Dharma na série foi algo totalmente descartável, mas, se prestarmos atenção, vemos que serviu perfeitamente para mostrar que tudo poderia ser explicado tanto pelo ponto de vista místico quanto científico. A tal luz mágica pode ser vista perfeitamente como algo natural, que a ciência apenas não conseguiu explicar ainda.

É evidente que a série não poderia explicar exatamente como funcionam os poderes da ilha com base em teorias científicas do mundo real, não apenas porque isso tiraria o caráter dúbio da trama, descartando o lado místico, mas também porque não se trata de um documentário científico, e sim de uma ficção científica. Uma ficção científica que, habilmente, esteve o tempo todo entrelaçada com a fantasia. Pois se gente como o pessoal da Iniciativa Dharma, nos dias atuais, tenta explicar tudo pela ciência, gente como a antiga protetora da ilha, num passado remoto, só podia explicar as coisas pela magia.

O tempo todo os acontecimentos em Lost foram abertos tanto a interpretações científicas quanto místicas, e o final não foi diferente.

Iniciativa Dharma

E você, também acompanhou Lost do início ao fim? O que sentiu quando a série acabou? Quero saber sua opinião!

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Comentários

  1. Obrigado. De alguma forma, esse artigo serviu de consolo para um fã decepcionado.

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  2. Bom texto, mas que o final foi osso isso foi, nem o nome da fumacinha pudemos saber... Quanto mais os mistérios!!!

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